A psicanálise é, ao mesmo tempo, uma teoria sobre o funcionamento da mente humana, um método de investigação do inconsciente e uma prática terapêutica. Criada por Sigmund Freud no final do século XIX, a psicanálise parte do pressuposto de que muito do que sentimos, pensamos e fazemos está sob a influência de conteúdos inconscientes — desejos, memórias e conflitos que escapam à consciência, mas que continuam a operar em nossas vidas.
Ao longo do tempo, Freud desenvolveu conceitos fundamentais como o recalque, os mecanismos de defesa, o complexo de Édipo e a transferência, entre outros. Na clínica, a psicanálise propõe uma escuta cuidadosa e sem julgamentos, baseada na associação livre, onde o analisando fala livremente, enquanto o analista escuta de modo flutuante, atento às repetições, lapsos e formações do inconsciente que se manifestam por meio de sonhos, sintomas, atos falhos e outras expressões do psiquismo.
A análise não tem como objetivo oferecer conselhos prontos ou soluções mágicas, mas promover um processo de autoconhecimento profundo. Ao nomear aquilo que antes era indizível, o sujeito pode ressignificar sua história, elaborar seus conflitos e encontrar novos caminhos para lidar com suas angústias.
Na tradição freudiana, a cura não é entendida como a eliminação dos sintomas a qualquer custo, mas como uma transformação subjetiva. Uma travessia que permite ao sujeito lidar de outra forma com seu sofrimento, suas repetições e seus desejos — e, assim, retomar as rédeas de sua própria história.
A psicanálise é para todos que desejam entender melhor a si mesmos — seus pensamentos, sentimentos, angústias, repetições e desejos. Não é necessário ter um diagnóstico formal, uma crise evidente ou um problema específico para iniciar uma análise. Basta o incômodo, a sensação de que algo não vai bem, mesmo que ainda não tenha nome.
É comum que pessoas busquem a psicanálise em momentos de sofrimento psíquico: lutos, separações, ansiedade, depressão, conflitos familiares, dificuldades nos relacionamentos, impasses profissionais. Mas a análise também pode ser um caminho para quem deseja se conhecer de forma mais profunda, compreender padrões que se repetem, ou simplesmente encontrar um lugar onde possa falar livremente — sem julgamentos, interrupções ou receitas prontas.
Na psicanálise, cada sujeito é único. Não há protocolos rígidos ou metas externas a serem alcançadas. O que se oferece é um espaço de fala e escuta, onde o inconsciente pode emergir e onde o sofrimento pode ser transformado em algo que faça sentido.
Por isso, a psicanálise pode ser indicada para:
Pessoas que se sentem angustiadas, confusas ou em crise;
Quem vive situações repetitivas que causam sofrimento;
Quem não encontra lugar para suas dores, medos ou desejos;
Quem passou por traumas ou perdas difíceis de elaborar;
Quem deseja sair do modo automático e construir um caminho mais singular.
Se você sente que há algo que precisa ser dito — ainda que não saiba por onde começar —, a psicanálise pode ser esse lugar de escuta. Um espaço onde sua fala será levada a sério e onde você poderá, no seu tempo, encontrar novas formas de viver com mais sentido e menos sofrimento.
Há momentos da vida em que os recursos pessoais já não parecem suficientes para lidar com o sofrimento. É quando sintomas como ansiedade persistente, crises de angústia, tristeza prolongada, insônia, fobias, compulsões ou dificuldades de relacionamento começam a comprometer o bem-estar e a rotina diária. Muitas vezes, a pessoa percebe que está repetindo padrões de escolhas que a conduzem sempre ao mesmo lugar: relações frustradas, trabalhos insatisfatórios, sensação de vazio.
A psicanálise pode ser procurada também em situações menos explícitas, quando não há um sintoma claro, mas existe uma inquietação interna, uma sensação de que “algo não vai bem”. A escuta psicanalítica não exige que o sujeito chegue com um diagnóstico pronto. Ao contrário, ela permite que o próprio paciente descubra, em seu ritmo, o que está em jogo em seu sofrimento. Assim, procurar ajuda não significa fraqueza, mas um gesto de coragem diante do próprio inconsciente.
O papel do analista
No processo analítico, o papel do analista é fundamental, mas não se confunde com o de um conselheiro, médico ou amigo. O analista não oferece soluções rápidas nem respostas prontas. Sua função é escutar sem julgamentos, acolher o que o paciente traz em palavras, silêncios e até em lapsos, e interpretar de maneira precisa o que se manifesta como expressão do inconsciente. Freud descreveu essa postura como a de “atenção flutuante”: ouvir sem privilegiar nenhum detalhe de antemão, permitindo que o discurso do sujeito revele suas próprias verdades. Ao mesmo tempo, o analista mantém a chamada “regra da abstinência”, não cedendo à tentação de satisfazer demandas imediatas, mas sustentando um espaço ético para que o paciente se confronte com seus desejos e impasses.
Dessa forma, o trabalho analítico não é apenas o de aliviar sintomas, mas o de possibilitar que a pessoa encontre novos modos de se relacionar consigo mesma, com os outros e com o mundo. O analista, portanto, é menos aquele que aponta o caminho e mais aquele que caminha junto, oferecendo a escuta necessária para que o sujeito construa o seu próprio percurso.
“Você precisa de psicanálise?”
🧠 Não é preciso ter um diagnóstico.
Basta um incômodo, uma repetição, uma angústia.
Se algo insiste em doer, talvez já esteja na hora de falar sobre isso.
“Psicanálise é pra quem?”
🙋Pra quem sente.
Pra quem sofre.
Pra quem repete.
Pra quem não entende por que…
E quer (finalmente) começar a entender.
“O que sua angústia está encenando?”
🌻Não há cura sem escuta.
E não há escuta sem silêncio.
Na psicanálise, a fala é o começo.
E o inconsciente, o protagonista.
“Escutar para além das palavras”
↗️Depois de três décadas ouvindo histórias, como jornalista, agora escuto o que não foi dito.
A psicanálise é esse espaço.
Durante trinta anos, fui jornalista. Contei histórias. Histórias de pessoas, de lugares, de eventos que mudaram vidas. Histórias emocionantes, alegres, tristes, revoltantes — todas profundamente humanas. A escuta sempre foi minha ferramenta de trabalho. Mas, com o tempo, ela passou a me atravessar de forma diferente. Depois de três décadas ouvindo os mais diversos personagens, muitas vezes em situações-limite, percebi que não queria mais ser apenas um espectador. Decidi mudar o foco da escuta — de uma escuta informativa e jornalística para uma escuta clínica, sensível, que pudesse acolher e, quem sabe, ajudar a curar dores da alma.
Foi assim que a psicanálise entrou definitivamente na minha vida, não apenas como um interesse teórico, mas como uma nova vocação. A formação em psicanálise me permitiu reunir a experiência de vida, o hábito da escuta e a sensibilidade desenvolvida ao longo dos anos para oferecer, agora, um espaço de escuta comprometido com o sofrimento humano. Atuo a partir da psicanálise freudiana, que compreende que todo sujeito é único em sua maneira de sentir, desejar e sofrer. O meu compromisso, como analista, é oferecer um espaço ético e confidencial onde cada pessoa possa falar de si — no seu tempo, no seu ritmo, com sua verdade. Vamos conversar?
Agende sua consulta: (62) 98222 1829 (Whatsapp) /// phgalvez@gmail.com /// Atendimento online /// @psipaulogalvez